google-site-verification: google1dd19db594c6c3b6.html Crônicas do Peró: maio 2012

terça-feira, 29 de maio de 2012

O BOM SAMARITANO E OS RACIONAIS

    Há pessoas que tentam entrar ou fazer história, outros simplesmente vivem e deixam muitas vezes um legado para a história; principalmente em nossas pequenas cidades, a cultura e o fato de conhecermos a todos, nos impele a sermos bons e exigentes contadores de história. Não vou expor seu nome, porque mesmo sem pedir licença, sei que ele prefere e gostaria de estar no anonimato. Vou simplesmente chama-lo de bom samaritano, pois como na parábula, na medida do possível permanecerá incógnito.
    Minha pequena terra tem, como todas as pequenas terras, uma grande igreja da Matriz, localizada diante de uma bela praça, onde frondosas árvores e confortáveis às vezes bancos, compõe com as flores, uma bela visão de praça, que chamamos de jardim. De uns tempos para cá, nossa praça foi invadida por um punhado de bêbados e desocupados, que passam o dia inteiro a conversar, xingar uns aos outros e até chegam a brigar, e ia me esquecendo, fazem suas refeições e onde tomam seus culotinhos de cachaça, são pessoas sujas, pois não tem onde fazer as necessidades higiênicas; ébrias; que para grande maioria dos transeuntes são inconvenientes.
    Dilema formado, muitos ficam esperando que as autoridades, consigam solucionar o problema; hoje se fala muito no respeito que o cidadão tem no direito de ir e vir, nisto vão elas as autoridades, empurrando o problema com suas vastas barrigas; pois ia me esquecendo, com os bêbados da terra, junta-se alguns andarilhos e com isso aumenta-se o contingente. Vamos tentar temporizar o problema, isto ocorre já há alguns anos, cinco, seis ou mais.
    Quando que o nosso bom samaritano entra nesta história? Há alguns anos, ele como todos nós presenciamos o problema, como diz ele mesmo, estas pessoas são seres humanos, que tem fome e sede como qualquer um de nós, somos ou dizemos ser,  pessoas de bem, cristãos, como ele ou eu, pessoas que aos domingos batem no peito e se orgulham de frequentar a missa; pessoas que oram e pedem ao nosso Senhor e bom DEUS, bençãos e proteção diariamente. Nós que não conseguimos ver nestes maltrapilhos; os pequeninos, os injustiçados, nós que esperamos que as ditas autoridades resolvam o problema com uma unica solução, expulsar de nossas vistas estes indigentes.
    Voltando a ele o bom samaritano, que todos os domingos capricha um ótimo almoço e distribui a todos eles, um almoço de primeira, que nas poucas vezes que me prontifiquei ajudar a distribuir, fiquei com água na boca, tal o esmero no preparo e junto com o sorriso nos lábios, as brincadeiras e gozações, espalha amor cristão e sem pedir nada em troca, somente a satisfação de servir, ganha o dia e a alegria para enfrentar mais uma semana de trabalho e afazeres.
    Do outro lado na nossa história esta os racionais, aqueles que como eu já fui, críticos velados, pessoas que entendem, que o ato de provermos os beudinhos, estamos ajudando a eles e outros com o exemplo de serem vagabundos, de continuarem desocupados, pois como o bom samaritano, outros os ajudam diariamente. Somos críticos da caridade, incapazes de fazermos o bem, pois achamos que com as esmolas as instituições e pagando em poucos casos o dízimo, já esta feito a nossa parte. Não quero engrandecer, nem diminuir ninguém, pois como racionais sempre nos lembramos do livre-arbítrio, que DEUS nos deu. Me pergunto simplesmente se não fazemos o bem, porque esta mania, mania rançosa de criticarmos quem o faz.
    A parábola do bom samaritano é a passagem bíblica ideal, para nós pseudos racionais; cheios de certos e errados para os outros; meditarmos, vermos com outros olhos os beudinhos da praça, cobremos das autoridades posições, atos; mas tenhamos nos nossos corações uma certeza, se nada podemos ou queremos fazer, não vamos criticar aqueles que de bom coração o fazem. Pois podemos ter um lema: Se não quisermos fazer o bem sem olhar a quem, pelo menos não falemos mal daqueles que fazem.





                                                 AMÉM!

sexta-feira, 25 de maio de 2012

BRINCADEIRAS, FOLGUEDOS E MÁ NOTÍCIA

    Acordei hoje e fui ler os jornais, li várias notícias: O fim da greve dos transportes em São Paulo; a vitória sofrida do Santos na Libertadores; o MP entrando com uma ação contra o prefeito Kassab e o Corinthians, por causa dos gastos do dinheiro publico em obra privada; as eleições no Egito; a matança na Síria; a eterna crise européia e outras mais ou menos importantes; mas, a que chamou a atenção foi que em sete anos de vida uma criança, assiste televisão por 1 ano.
    Passar um ano em sete, assistindo televisão, o pior assistindo o que na televisão? Programas infantis sem nenhum cuidado, sendo apresentado por pessoas sem qualificações para isto, desenhos animados e filmes com conteúdo exclusivamente comerciais; apresentadoras que quando percebem que a audiência diminui, fazem depoimentos ridículos e ensaiados, crianças que ficam famosas por bordões e ridicularizadas pelos próprios patrões, sem dizer os inúmeros jabas apresentados com fortes apelos comerciais; emissoras ditas publicas que muito pouca qualidade exibem em suas programações.
    Indagando-me o que seria mais apropriado, o que seria melhor uma criança assistir na televisão? A minha conclusão é de que melhor seria uma criança não assistir tanta televisão, mas o que fazer para entreter uma criança que com a ausência dos pais, tem de ficar trancada em casa, em apartamentos, em creches e escolas; a sua maior parte de vida passa diante de televisores e computadores; juro me entristeci, não achei solução, nesse corrido e concorrido dias atuais, não vi alternativas.
    Falam que estamos criando uma geração perversa, uma geração de pessoas retraídas e violentas; crianças alienadas de hoje e adultos velozes e furiosos de amanhã. Não chego a tanto pois a tempos dizem que a humanidade não tem muito futuro, mas vejo sempre, apesar de tudo as pessoas melhorarem sua índole, seu senso humanitário, olha que não ando muito otimista atualmente. Voltando as crianças, que passam um ano em sete diante da televisão, que tal elas brincarem de esconde-esconde, soldadinho salvar, pega-pega, bonecas, carrinhos de plastico, jogos de botão, etc.
    Parei no ponto final do etc acima, pois estes brinquedos estão em extinção ou já extintos; muitos dos apresentadores ou apresentadoras dos programas infantis, só sabem brincar de namorar; nas escolas os professores ou tomadores de conta dessas crianças já não sabem mais brincar; em casa não existe mais espaço, nem amigos para compartilhar; os sonhos são também outros, aqueles objetos que estão a nos anunciar.
    Ia esquecendo, a maioria das crianças não convivem mais com pai e mãe juntos, já os separaram; por ultimo uma outra notícia, para terminar e para qualquer dia nós divagarmos: No Brasil e grande parte do mundo evoluído os casais quando casam, estão preferindo não ter mais filhos. Deus nos abençoe!




                                                                AMÉM!

quinta-feira, 3 de maio de 2012

A NÃO FABULA DO LOBO E DA OVELHA

     Tudo começou, quando de manhã liguei meu computador e fui dar uma olhada no facebook, não sou muito fanático, mas entrei na onda a algum tempo atrás, temos uma comunidade de amigos de Paraibuna, acho apenas que a onda facebook, virou uma continuação do you tube, acho e grifo o "acho", porque é minha opinião, podendo concordar ou não. Voltando a fabula, lá encontrei uma mensagem ou que nome tiver, de uma pessoa a quem considero amigo, que postou uma foto de uma matilha atacando uma ovelha, com a seguinte frase abaixo: " Quem poupa o Lobo.......Sacrifica a Ovelha. " Assinada por Conte Lopes.
    Ao ler me deparei em primeiro lugar com o autor da frase, ou aquele que a postou e assinou o senhor deputado, militar e como eu disse no meu post ultra tudo, o senhor conservador, com o que eu não gosto na palavra. Questionei o meu amigo se ele conheceria o histórico do homem publico que escreveu a frase. O que ele postou que conhecia sim, mas concordava com a frase e me indagava se eu também não concordaria?
    Estou sem publicar cronicas no meu blog há mais de dois meses, em primeiro lugar por preguiça mental, o que alguns amigos me disseram que é o famoso " deu um branco ", também já escrevi em cronicas anteriores que este ano de eleições municipais é muito atípico para mim e agora descobri que pela mesmice prefiro não ficar filosofando muito. Mas este post do meu amigo, me levou a pensar, a ter vontade de discutir.
    Sou muito ligado a rotular as pessoas, e a achar que a impressão do nome já é formadora das idéias embutidas no texto, então tive a sensação de que meu amigo não deveria estar postando tal mensagem, pois ele é uma excelente pessoa, não deveria estar concordando com o autor da frase, ou primeiro postador em questão. Voltando a pensar, saindo da preguiça mental, da letargia em que me encontrava; a frase me pôs em contradições.
    Vendo pelo lado da ovelha, a sempre coitadinha, a frágil, a caça, a personagem bíblica, a sempre presente em fabulas como heroína, a presente em nossas noites de insônia quando as contamos e as recontamos, a pura e coitada ovelha. Nestes pontos de vistas e argumentos, foda-se o lobo, desgraçado aquele que o poupou, pois para que serve o lobo , principalmente o grande lobo mau, o demônio da nossa infância, o bandido dos desenhos animados, a temível sombra negra de nosso intelecto, personagem vil e safado da nossa literatura. O grande vilão da minha imaginação, que poderia ter a cara do senhor autor da frase.
    Vendo de maneira diferente, pelo lado do lobo, um animal bonito, ancestral dos nossos amigos e fieis companheiros, o cachorro, animal altamente solidário a sua espécie, dividindo alimentos e companhia, pois vive em grupos, chegando uma matilha de lobo selvagem ter até 50 indivíduos, preserva e alimenta as crias e aos mais fracos, somente em casos extremos os abandona, vive para a caça e para alimentar-se a si e aos outros, fiel companheiro dos seus; tenta se impor socialmente pela força e esperteza, mas não tocaia seus próximos.
    A ovelha hoje é um animal domesticado, servindo de fonte de alimentação e outras utilidades, como a sessão de lã. O lobo continua não sendo domesticado, caça para sobreviver, esta em extinção, pois não se da bem com os humanos. Prefiro ser amigo da ovelha, mas não desejo mal ao lobo.



                                                                 AMÉM!