google-site-verification: google1dd19db594c6c3b6.html Crônicas do Peró: AINDA SE MORRE DE FRIO

sexta-feira, 17 de junho de 2011

AINDA SE MORRE DE FRIO


   Quando vou escrever uma cronica, preciso em primeiro lugar de inspiração, aquele afã magico, aquele momento especial, que eu prefiro dizer porque acredito, um momento de inspiração DIVINA, há quatro mãos, as minhas e a do Espírito Santo. Com a inspiração logo vem a escolha do assunto, às vezes tenho que escolher um entre vários, outras o assunto é único, já estando a martelar durante um certo tempo, pedindo para ser escrito. Tenho evitado assuntos muito políticos, pois ultimamente políticos estão me dando nojo.    Estamos em pleno século XXI, o país querendo emergir numa nova era de prosperidade, apesar deles, os ditos cujos citados acima. Mas vamos falar do assunto principal, em minha terra alguns dias atrás, faleceu um senhor sentado no banco da praça central, procurando saber o motivo, fui informado que o cidadão morreu de parada cardíaca, devido ao frio que estava fazendo nos últimos dias, era um dos muitos habitantes, melhor dizendo moradores da praça, bêbados que a ocupam durante o dia e a noite, faça chuva ou faça sol, no caso faça calor ou frio, estes cidadãos em sua maioria pessoas daqui mesmo, filhos ou criados nesta terra, sem terem o que comer ou beber por condições próprias, são tratados, melhor dizendo são cuidados por pessoas de fé e muito bom coração, com pratos de comidas e um dinheirinho para o culotinho.
    Culotinho é uma embalagem plástica em forma de barril, com uma aguardente de terceira qualidade, vendida por comerciantes mal informados a módico preços, para pessoas já em estado de embriaguez, o que é um crime, mas no Brasil dizem que há leis que não pegam, essa seria uma das muitas que não são fiscalizadas, pois para quem quiser ver, aqui em qualquer festa ou fim de semana, o grande número de menores de idade, andando pela cidade com uma garrafa de bebida alcoólica nas mãos, outra lei que não pegou.
    Voltando ao cidadãos que morrem ou podem ainda  vir a morrer de frio, aqui há uma Assistência Social vinculada a prefeitura, que tenta às vezes encaminhar estes cidadãos a tratamentos ou a mandar eles para casa; não conseguindo nem uma coisa nem a outra, pois segundo eles dizem, não se pode hoje em dia obrigar ninguém a ser internado sem seu próprio consentimento e dizem que em alguns casos é problema da polícia ou da justiça. Perguntando a policiais que de vez em quando, são acionados a fazerem ocorrências, por motivos de brigas e tumultos, com os moradores da praça, eles alegam que nada podem fazer, alem das ocorrências,  pois é um problema da assistência social.
    Ia me esquecendo, ambos alegam que existe uma lei, a famosa e daquelas que "pegou", que dá ao cidadão o direito de ir e vir, mesmo sem ser questionado. Antes de escrever esta cronica, perguntei a alguns juristas se esta lei seria como eles dizem, obtive as respostas; de alguns que seria assim mesmo, de outros que existe o direito, mas também o dever de se portarem bem no ambiente social e de acordo com outras leis; como a lei não beberem em lugares públicos, já estando em estado de embriaguez. Percebi que mesmo entre juristas há discordancia.
    Concluindo: Há municípios, que acharam inteligentemente soluções para estes problemas e há outros que buscam ou dizem que a buscam, mas o que continua a acontecer, é que em pleno ano das graças de Nosso Senhor Jesus Cristo de 2011, ainda se morre de frio nas praças de minha terra e de meu promissor país. Ainda há casos e descasos nas leis que "pegam" ou não "pegam".








                                                                                           ÁMEM!

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