Durante esta semana estive por duas vezes em São Paulo, quem quiser ler sobre minha relação com a enorme metrópolis, só procurar minha crônica " De São Paulo para São Paulo ". Voltando as minhas duas viagens, a primeira foi durante o período noturno, a segunda foi durante o período matutino, nas duas o mesmo caminho, o mesmo trajeto, pois para explicar, fui buscar e levar meu filho ao aeroporto de Congonhas, era o próprio caminho do caos.
Graças a DEUS foi sem acidentes, mas eram tantos carros, que achei que não chegaria a lugar nenhum, pois por diversas vezes, aquilo parava e parecia não haver solução, ninguém conseguia entrar, ninguém conseguia sair daquele engarrafamento, vinha veículos de emergências, como ambulâncias ou policiais, querendo passar, precisando passar, jogavamos os carros sobre os outros, subíamos no meio-fio, quase que escalavamos muros, sem lhes contar as motos e seus motos-boys, que ziguezagueando por entre os carros por diversas vezes abriam seus caminhos a ponta-pés. Aquilo parecia o caminho do inferno, ter que ir, não poder voltar, não saber se chega, e na ida, pensar que tem a volta.
Amigos estou lhes falando de São Paulo, o caos maior, mas tenho visto e vivido este caminho em diversos lugares, até na minha pequena e pacata Paraibuna, onde ultimamente tem aumentado em demasia o numero de carros e os problemas ocasionados por isto, não temos sequer policiais de transito, nem controle de trafego, também já não temos lugares para estacionar e nas maiorias das vezes o grande causador é o próprio poder publico, com suas obras e suas festas, quando não se pensa entre algumas coisas, no problema do transito.
Mas amigos, o problema continua viajando, se formos para São José dos Campos, no começo da manhã ou no final da tarde, para Taubaté nos mesmos horários, ou qualquer outra cidade, estaremos observando a mesma coisa, pois presenciamos a alguns anos o enorme aumento de veículos auto-motores nas ruas e estradas do nosso país, creio que pela melhoria do nosso poder aquisitivo, a cada dia a tendência desse problema só irá aumentar, aliado a isso está o descaso de nossas autoridades, nosso precário transporte publico, a falta de opções em modelos de transporte, pois hoje com mais de cinquenta anos jamais andei de trem, a não ser o metrô.
Há alguns anos venho observando, que um dos grande problemas de nossos administradores, quer municipal, estadual ou federal; é que eles não sabem e nem procuram aprender a fazer projetos administrativos, são totalmente incapazes de pensar no presente ou no futuro se isso depender de projetos, vão como se diz: " Empurrando com a barriga ". Olha que em sua maioria é ou se tornam barrigudos.
Aos políticos: Para se aprender a fazer projetos, procurem e vocês acharão profissionais competentes, bastam parar de fazer do publico a sua privada.
AMÉM!
quarta-feira, 27 de abril de 2011
terça-feira, 12 de abril de 2011
O DIA EM QUE EU NÃO CONSEGUI REZAR
Tenho por fé, desde há muito tempo, rezar todas as noites antes de dormir, rezo o Credo, o Pai Nosso, Aves Marias e outras orações; mas o que mais faço é louvar e pedir a DEUS, conversar com ELE, na minha fé sou ouvido e tento ser bem agradecido, rezo pelas almas, pelas almas do purgatório, dos meus entes queridos; rezo pelo mundo, para que seja um mundo melhor, um mundo digno de ser chamado de " Mundo de meu DEUS "; rezo por meu país e seu povo, seus governantes, para que seja o paraíso de meu DEUS aqui na Terra.
Na minha fé, DEUS é piedoso, é só misericórdia, pois deu a vida de seu único filho, para a remissão dos nossos pecados, jamais haverá ato de tamanha grandeza, que nós simples mortais, poderemos compreender em nossa existência, pois pós isso, conseguimos com nossa fé vencermos a morte.
Na quinta-feira (7/4), estava de saída de viajem, quando deparei com o governador e o prefeito do Rio de Janeiro, falando sobre o massacre de Realengo, não sei, vou tentar descrever meus sentimentos naquele momento, pois sempre me choca, quando este tipo de monstruosidade acontece em algum país, mas jamais pensei que isto poderia acontecer no Brasil, porque nos acho um povo diferente, com nossa miscigenação, com nossa maior religiosidade, com nossa cultura de caridade, com nosso desapego aos bens materiais, aqui um parentese, temos muita ambição, mas muito menos que americanos e europeus, pois jamais pensamos em fazer colonialismo com nenhum outro povo; afinal somos um povo muito mais alegre, um povo que ama a paz. Repito, por isso tudo jamais imaginei que algum brasileiro seria capaz de tamanha monstruosidade.
Enquanto viajavamos, minha esposa procurava ouvir ou ver, notícias sobre o ocorrido, eu me fechava não querendo ver, nem ouvir notícias sobre o ocorrido, aquele episódio me entristeceu como a todos, vi muita gente com os olhos marejados, só ouvia em todos os lugares publicos falarem sobre o ocorrido. De todo o coração lhes escrevo, não quis conversar naquele dia sobre o massacre, não dava, algo me compremia o peito, era muita tristeza, perdia naquele momento, a fé que tinha e ainda procuro ter nos homens.
A noite, no quarto de um hotel, com minha esposa dormindo, comecei a rezar, como faço em todas as noites, rezei, louvei a DEUS, quando chegou a hora de pedir pelas almas, pedi pelas almas destas doze crianças, que saíram de casa na maior inocência, para um dia como outro qualquer, terem suas preciosas vidas ceifadas, por não sei o quê; rezei pela família dessas crianças, pois elas ficaram com o pior de todos os sentimentos nestes casos, a saudade que dói, que esmaga o coração e que não tem remédio; rezei pela família desta coisa, deste monstro, pois não sabia quem era, não o queria saber, e fui pedir ao Misericordioso pela alma deste ser, chorei, não consegui, não tive forças de fé, para pedir misericórdia ao Misericordioso por este monstro sem alma.
Foi a primeira vez na vida, que não consegui rezar por alguém, hoje cinco dias depois do ocorrido, como todos nós, seres deste mundo de DEUS, continuo triste, a dor no peito quando penso no assunto só aliviou um pouco, ainda não consigo ouvir ou ver na televisão notícias sobre o ocorrido, pessoas que vão em programas sensacionalistas ou não, tentar explicar o porque que aconteceu. Ouvi de uma pessoa no dia: " Sua avó não dizia antigamente, que nesta época de quaresma, o coisa-ruim esta solto? ".
AMÉM!
terça-feira, 5 de abril de 2011
MEU AMIGO JOCELIF
Amanheci hoje com vontade de escrever, e a primeira coisa que me ocorreu, foi contar sobre a minha grande amizade com o Jocelif, antes vou dizendo que por ser uma pessoa tímida, orgulhosa e como minha esposa diz sempre, um pouco ranheta, não possuo muitos amigos, não sou o que hoje chamam "popular". Pois então me sobrou, em todos esses anos muitos parentes, alguns colegas e o meu único amigo sincero o Jocelif.
Uma amizade sincera construída desde a nossa infância, pois nos conhecemos no primeiro ano de escola, no Grupo Escolar Dr. Cerqueira César, aqui em Paraibuna, quando ainda as salas de aula eram separadas em masculino e feminino, tínhamos não professores, mas verdadeiros educadores, aos quais prestávamos respeito e obediência. Nossa cidade nesta época, meados dos anos sessenta, com as construções das barragens Hidro-elétricas, foi invadida como dizíamos na época por forasteiros, pessoas que vinham de todas as regiões do Brasil, uma destas pessoas era o Jocelif e sua família.
Como éramos bons alunos, daqueles estudiosos que só tirávamos boas notas, mas tímidos por natureza, logo fizemos amizade, apesar de termos coisas em comum em nossa perssonalidade, éramos diferentes em outros pontos, gostávamos muito de futebol, eu era grosso, não tinha habilidade nenhuma, ele um verdadeiro craque, não só tornando-se um jogador profissional pois preferiu os estudos. Tinha habilidade também em outros esportes, o que as vezes me deixava com sentimentos de inveja, quando certa vez lhe disse isso, ele me falou que se pudesse ensinaria um pouco de habilidade em algum esporte, mas por outro lado sempre ganhava dele em jogos de botão, jogos de carta e nesses outros jogos de estratégia que existiam e ainda existem.
Na época na minha casa havia uma dessas vitrolas antigas, onde você punha uma certa quantidade de discos, e um braço de metal automaticamente, colocava-os para tocar, estudávamos ou conversávamos, ouvindo musicas, na minha preferência MPB; musicas de protestos, tanto nacionais como internacionais; já na preferência dele musicas populares e sertanejas; um reclamando do gosto do outro e tentando persuadir, pois como seria bom só ouvir o que gostamos.
Vivíamos moleques em pleno anos de ditadura, mas não éramos alienados, tínhamos mais uma vez opiniões opostas, eu defendia a luta armada, o fim daquela opressão, a volta ao nosso estado de direito, já ele sem muita ênfase, tentava argumentar a favor das melhorias que a revolução havia proporcionado, discutíamos, as vezes discussões que se tornavam ferrenhas, mas nunca passando de discussões, pois em todos estes anos de amizade nunca chegamos a agressões físicas, pois éramos totalmente contra a violência em qualquer grau que fosse.
Hoje vivemos distantes geograficamente, mas sempre celebrando com muita estima e carinho nossos reencontros, pois como digo é uma amizade que tende a ser eterna, pois amigos tenho poucos, acho que sem ser parente é o único e sempre que precisamos um do outro, sabemos que temos com quem contar. Hoje escrevi uma ODE a uma grande amizade, sempre estarei lembrando e escrevendo sobre ela.
AMÉM!
Uma amizade sincera construída desde a nossa infância, pois nos conhecemos no primeiro ano de escola, no Grupo Escolar Dr. Cerqueira César, aqui em Paraibuna, quando ainda as salas de aula eram separadas em masculino e feminino, tínhamos não professores, mas verdadeiros educadores, aos quais prestávamos respeito e obediência. Nossa cidade nesta época, meados dos anos sessenta, com as construções das barragens Hidro-elétricas, foi invadida como dizíamos na época por forasteiros, pessoas que vinham de todas as regiões do Brasil, uma destas pessoas era o Jocelif e sua família.
Como éramos bons alunos, daqueles estudiosos que só tirávamos boas notas, mas tímidos por natureza, logo fizemos amizade, apesar de termos coisas em comum em nossa perssonalidade, éramos diferentes em outros pontos, gostávamos muito de futebol, eu era grosso, não tinha habilidade nenhuma, ele um verdadeiro craque, não só tornando-se um jogador profissional pois preferiu os estudos. Tinha habilidade também em outros esportes, o que as vezes me deixava com sentimentos de inveja, quando certa vez lhe disse isso, ele me falou que se pudesse ensinaria um pouco de habilidade em algum esporte, mas por outro lado sempre ganhava dele em jogos de botão, jogos de carta e nesses outros jogos de estratégia que existiam e ainda existem.
Na época na minha casa havia uma dessas vitrolas antigas, onde você punha uma certa quantidade de discos, e um braço de metal automaticamente, colocava-os para tocar, estudávamos ou conversávamos, ouvindo musicas, na minha preferência MPB; musicas de protestos, tanto nacionais como internacionais; já na preferência dele musicas populares e sertanejas; um reclamando do gosto do outro e tentando persuadir, pois como seria bom só ouvir o que gostamos.
Vivíamos moleques em pleno anos de ditadura, mas não éramos alienados, tínhamos mais uma vez opiniões opostas, eu defendia a luta armada, o fim daquela opressão, a volta ao nosso estado de direito, já ele sem muita ênfase, tentava argumentar a favor das melhorias que a revolução havia proporcionado, discutíamos, as vezes discussões que se tornavam ferrenhas, mas nunca passando de discussões, pois em todos estes anos de amizade nunca chegamos a agressões físicas, pois éramos totalmente contra a violência em qualquer grau que fosse.
Hoje vivemos distantes geograficamente, mas sempre celebrando com muita estima e carinho nossos reencontros, pois como digo é uma amizade que tende a ser eterna, pois amigos tenho poucos, acho que sem ser parente é o único e sempre que precisamos um do outro, sabemos que temos com quem contar. Hoje escrevi uma ODE a uma grande amizade, sempre estarei lembrando e escrevendo sobre ela.
AMÉM!
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