google-site-verification: google1dd19db594c6c3b6.html Crônicas do Peró: MINHA MELHOR OBRA - MEUS FILHOS

terça-feira, 22 de novembro de 2011

MINHA MELHOR OBRA - MEUS FILHOS

    Já realizei na vida muitas coisas boas, também já fiz muitas coisas, as quais arrependo; sou o que pode se chamar um cidadão normal, com seus erros e acertos. Sou cristão temente a DEUS, católico apostólico romano, tento honrar meus compromissos com a sociedade, me considero um bom filho, pois amo muito meus pais e meus irmãos; amo e sou um bom marido para minha esposa, acima de tudo um bom amigo para os meus próximos. Amo minha terra, critico para o bem os que a governam, pois acho que a deveriam  ama-la como eu. Pretendo e tento fazer o bem sempre, não sou uma pessoa fácil, sou ranzinza, não sou daqueles que vive abraçando, beijando e sorrindo para todos; mas também não falo mal, nem desgosto de ninguém.
    Tentei em breves palavras me mostrar um pouco, sou mais ou menos isto; não citei meus filhos acima porque agora quero falar exclusivamente deles, são três a Bárbara, a Clara e o Claudinho. Sem duvida nenhuma foi o que fiz e tenho de melhor, passei a eles um pouco do que sou, tentei mostrar o quão belo é o mundo e a humanidade; mundo este de meu DEUS; sem medo de errar digo-lhes, eles são muito melhores do que eu; se amam muito, jamais ficando com bobas inimizades; eles possuem ótimo carácter, jamais tentam dar aquele jeitinho brasileiro em alguma coisa, são humanos ao ponto de se emocionarem com as injustiças.
    Minha esposa é testemunha de muitas dificuldades que passamos, sempre digo a ela que não há receitas prontas de como se deve criar um filho, mas com eles nós mais acertamos do que erramos; pois em primeiro, em segundo, em terceiro lugar, passamos a eles AMOR; entre eu e ela, e entre nós transmitimos AMOR. Hoje eles já são adultos, nos criticam algumas coisas, mas nunca nos disseram que faltou AMOR.
    Sempre lemos muito em casa, somos devoradores de livros; vamos sempre a bibliotecas e nos presenteamos com livros; isto me trás a lembrança de que quando eles chegaram a idade escolar, uma das poucas exigências que a eles empunhamos, era de que todo mês lessem um livro; pois sempre acreditei que isto deveria primeiro ser um habito, para depois ser um prazer. Fiz o certo pois todos praticam o prazer da leitura, o prazer do conhecimento e o prazer da crítica. Para terminar, meu filho caçula mudou-se para Santa Catarina, de longe enviou-me esta poesia; o que me levou a escrever este texto, pois de tudo que já passamos e ainda vamos a passar; afirmo de boca cheia, eles são minha melhor obra.

           
Todo sertanejo quando chega a idade de varão
sai em busca de seu destino
e com a alma em completo desatino
deixa para trás o querido sertão.

Pega o ônibus Esperança
senta ao lado da solidão
em sua cabeça memórias e lembranças
de dias que jamais voltarão

lembranças como aquele rio
das lágrimas dos que se vão
no peito resta um vazio
era ali que batia seu coração.

Em sua mente surge a certeza
que diz: "Num tem nada não,
voltarei para reencontrar esta beleza.
Retornarei para colher meu coração."

Que um dia plantei nesse chão
e brotará frutos de felicidade
no solo do meu amado sertão,
onde agora jaz arraigada minha saudade.

(Cláudio César Gonçalves de Faria Filho)




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