google-site-verification: google1dd19db594c6c3b6.html Crônicas do Peró: DAS MAIS NOBRES PROFISSÕES

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

DAS MAIS NOBRES PROFISSÕES

    Depois de seis meses de ausência, voltei ontem a Biblioteca Municipal,  uns dias antes, fui abordado pelo bibliotecário sobre meu sumiço, disse-lhe que ultimamente havia ganho alguns livros e estes eram os que estava lendo, ele lembrou que havia chego livros bons e novos, era para passar lá e ver. Alegrei-me pois pensei, somente em cidades pequenas pode acontecer uma coisa dessas, você ser lembrado pela ausência na biblioteca. Como sempre há o outro lado, que pensando me entristeceu, somos em qualquer lugar poucos os frequentadores, quase ninguém, em qualquer lugar, visita uma biblioteca.
    Nas minhas visitas, tenho por habito conversar com os amigos bibliotecários e indagar se o distinto livro tem pelos leitores boas criticas, na verdade puxo conversa, elogio a dedicação e o fato de estarem  tão bem a cuidar daquele acervo, que poucos dão a devida atenção. Em nossa cidade não há prédio próprio para a biblioteca, que vive através dos anos sendo deslocada daqui para lá, perdendo qualidade e quantidade nos seus acervos, sendo, certa vez até abandonada em um lugar qualquer, um prédio público desativado. Muito do seu acervo foi perdido, virou notícia no telejornal regional o tamanho do descaso.
    Pensando melhor, pensando, ando observando que as autoridades são desprovidas de inteligência, são nossos governantes colocados nestes seus postos, por poderosos, estes sim inteligentes, que os obrigam a tentarem de todas as formas, a evitar que o povo, o qual seria o verdadeiro dono deste poder, o ato de pensar.
    De tal forma nos negam ou pelo menos tentam, nos negar nossos acessos ao saber, e o que seria um destes acessos; a leitura, o livro. Aqui recordo do bom amigo bibliotecário, fazendo o que eles não veêm e não percebem, cuidando com afinco do que nos restou do acervo e com carinho nos lembrando que nossa ausência foi sentida. Aprendi com meus pais e meus bons professores, desde criança o habito e o prazer da leitura, o que também eu e minha esposa passamos aos nossos filhos, hoje nenhum de nós consegue ficar sem ler. Temos ainda por habito, depois de lermos tal obra, doa-la a biblioteca, não criamos acervo, o colocamos a disposição de todos.
    Ao amigo bibliotecário, meus agradecimentos, pelo zelo, pela disposição, pela doação, pelo carinho e pelo amor dedicado a sua profissão. E também, um muito obrigado por estar a me lembrar de minhas ausências ha um lugar tão querido, tão necessário, que é uma biblioteca.



                                                          AMÉM!


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